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30/05/2025

IBGE Autismo no Brasil: Panorama Completo e Atualizado

 

Desde 2019, com a criação da Lei 13.861, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passou a incluir perguntas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em seu censo demográfico. O resultado mais recente revelou que o Brasil possui cerca de 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com TEA, representando 1,2% da população brasileira. Neste artigo, vamos explorar os dados recentes sobre autismo, com uma análise detalhada, clara, acessível e fundamentada.

 

Dados Oficiais do Autismo

Incidência de pessoas com TEA

Conforme os dados divulgados pelo IBGE em 2022, aproximadamente 2,4 milhões de brasileiros têm diagnóstico confirmado de autismo, uma incidência de 1,2% na população total. Sendo que do total, 1,4 milhão são homens diagnosticados com autismo e 1 milhão são mulheres.

 

Crescimento dos diagnósticos no Brasil e no mundo

O aumento no número de diagnósticos é resultado da maior conscientização, melhor acesso aos serviços de saúde e atualização dos critérios diagnósticos, especialmente após a publicação do DSM-5 em 2013.

Estima-se que cerca de 70 milhões de pessoas no mundo estejam no espectro autista, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso mostra a dimensão global do TEA e reforça a necessidade de políticas públicas, diagnóstico precoce e acesso ao tratamento.

No Reino Unido, um levantamento realizado com base em registros de 9 milhões de pacientes de clínicas de medicina geral apontou que, em 2018, o número de novos diagnósticos de autismo foi oito vezes maior do que em 1998 — um crescimento exponencial ao longo de duas décadas.

Em comparação internacional, os EUA reportam uma prevalência um pouco maior: o CDC aponta que 1 em cada 31 crianças americanas até 8 anos tem TEA, contra 1 em cada 38 crianças brasileiras até 9 anos com TEA.

 

Faixa etária com maior incidência

No Brasil, o autismo é mais prevalente entre crianças e adolescentes. Os dados mostram:

• 2,6% entre crianças de 5 a 9 anos;
• 2,1% entre crianças de 0 a 4 anos;
• 1,9% de 10 a 14 anos;
• 1,3% de 15 a 19 anos.

Essas faixas representam, juntas, mais de 1 milhão de pessoas. Nos demais grupos etários, os percentuais oscilaram entre 0,8% e 1,0%.

 

Idade média do diagnóstico

Normalmente, o diagnóstico ocorre entre 3 e 5 anos de idade, semelhante aos padrões internacionais identificados pelo CDC. Faixa etária considerada essencial para iniciar intervenções eficazes e que coincide com as melhores práticas internacionais,

 

Distribuição por sexo no Brasil

A prevalência de TEA foi maior entre os homens em todos os grupos etários até 44 anos. Entre 45 e 49, 55 e 59 e 70 anos ou mais, os percentuais foram equivalentes entre os sexos de nascimento. Já nos grupos de 50 a 54 e 60 a 69 anos, as mulheres apresentaram prevalências ligeiramente superiores às dos homens, com diferença de 0,1 pontos percentuais.

Os homens representam 58% dos diagnosticados com autismo no Brasil, enquanto as mulheres representam 42%.

Ao se considerar conjuntamente os recortes de sexo e idade, a prevalência é particularmente alta entre meninos de 5 a 9 anos, representando 3,8% dessa faixa etária, contra apenas 1,3% das meninas na mesma faixa. Situação semelhante foi observada no grupo 0 a 4 anos, com prevalência de 2,9% entre os meninos e 1,2% entre as meninas.

 

Distribuição geográfica brasileira

São Paulo lidera o ranking nacional com cerca de 568 mil casos, seguido pelo Rio de Janeiro com aproximadamente 192 mil casos e Minas Gerais com cerca de 185 mil casos.

O Sudeste concentra mais de 1 milhão de diagnósticos, enquanto outras regiões apresentam números menores:

• Nordeste: 633 mil casos;
• Sul: 348,4 mil casos;
• Norte: 202 mil casos;
• Centro-Oeste: 180 mil casos.

 

Escolarização da População com Autismo

Alta taxa de escolarização entre autistas

Dados recentes do Censo revelam que a maior parte dos estudantes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) está concentrada no ensino fundamental. São mais de 508 mil crianças e adolescentes matriculados nesta etapa da educação, o que representa 66,8% do total de alunos com TEA no país.

No ensino médio, faixa etária geralmente composta por adolescentes de 15 a 17 anos, há hoje cerca de 93,6 mil estudantes diagnosticados com autismo — o que corresponde a 1,2% do total de alunos matriculados no ensino médio no Brasil, estimado em 7,7 milhões de estudantes.

A taxa de escolarização das pessoas com autismo (36,9%) supera a média geral da população brasileira (24,3%). Esta alta taxa ocorre principalmente devido à concentração da população autista em idades mais jovens, onde a escolarização é obrigatória.

Entre estudantes autistas:

• 70,4% dos meninos têm entre 6 e 14 anos;
• 54,6% das meninas têm entre 6 e 14 anos.

 

Escolaridade e desafios

Por outro lado, quase metade (46,1%) dos adultos diagnosticados com autismo têm ensino fundamental incompleto ou nenhuma instrução formal, indicando desafios significativos em etapas educacionais posteriores.

 

 

Dúvidas frequentes sobre autismo

Quais são os sinais?

• Dificuldades nas interações sociais;
• Comportamentos repetitivos;
• Interesses muito restritos e específicos.

 

Como é feito o diagnóstico?

É um diagnóstico clínico realizado por uma equipe multidisciplinar, incluindo pediatras, neurologistas, psiquiatras e psicólogos.

 

Autismo tem cura?

Não existe cura para o autismo. Entretanto, tratamentos multidisciplinares podem melhorar significativamente a qualidade de vida e as habilidades sociais e comunicativas.

 

Como deve ser o tratamento para pessoas autistas?

O tratamento eficaz inclui uma abordagem multidisciplinar com:

• Terapia ocupacional;
• Fonoaudiologia;
• Psicologia;
• Medicamentos específicos (quando necessários);
• Suplementação nutricional especializada.

 

O desafio das mães atípicas

O cotidiano de mães de crianças autistas pode ser especialmente difícil devido à carga emocional e à exigência de cuidados constantes. Um dado alarmante divulgado pelo Instituto Baresi aponta que cerca de 80% dessas mães são abandonadas por seus parceiros antes que seus filhos completem 5 anos.

 

Desinformação sobre autismo

A desinformação sobre o TEA cresce rapidamente nas plataformas digitais. De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a associação Autistas Brasil, as publicações com informações falsas aumentaram mais de 15.000% entre 2019 e 2024 na América Latina O Brasil lidera na disseminação de informações falsas, enfatizando a importância da divulgação de conteúdos precisos e confiáveis.

 

Conclusão

A informação precisa e confiável é essencial para enfrentar os desafios do autismo com segurança e acolhimento.

Este foi apenas o primeiro Censo que buscou mapear o autismo no Brasil, ao longo dos anos teremos mais informações as quais serão de extrema valia para melhorar o entendimento sobre o autismo e promover uma melhor qualidade de vida para as pessoas com TEA e suas famílias.

 

Compartilhe este artigo com outras pessoas interessadas. Juntos, podemos ampliar a conscientização e a inclusão das pessoas com TEA no Brasil.

 

Referências bibliográficas:

• Censo 2022 identifica 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com autismo no Brasil | Agência de Notícias
• Panorama do Censo 2022
• IBGE | Biblioteca
• Agência - Detalhe de Mídia | Agência de Notícias
• Censo 2022: Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência | Agência de Notícias
• IBGE divulga censo sobre pessoas com deficiência no Brasil — Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
• AUMENTO EXPONENCIAL DE CASOS DE AUTISMO NO MUNDO - Instituto Inclusão Brasil
• https://portal.fgv.br/noticias/brasil-lidera-desinformacao-sobre-autismo-com-crescimento-de-15000-em-cinco-anos
• autismspeaks.org/science-news/autism-prevalence-rises-1-31-children-us
• CDC aponta 1 em 31: prevalência de autismo nos EUA aumenta novamente; Brasil pode ter 6,9 milhões de autistas – Tismoo.me

 

Este artigo tem caráter educativo e não substitui o aconselhamento do profissional de saúde devidamente habilitado em seu conselho de classe. Sempre consulte um profissional de saúde para discutir opções de suplementação.